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sexta-feira

ORIXÁ XANGÔ


ORIXÁ  XANGÔ  ( AGANJU    agodô )


JUSTIÇA E EQUILIBRIO

A justiça é a virtude de dar a cada um aquilo que é de seu merecimento. Deus é justo e gera tudo com equilíbrio. 

No sentido da justiça todos nós temos os mecanismos mentais necessários para desenvolvermos condutas equilibradas e adquirirmos posturas pessoais sensatas e racionais, anulando nossa emotividade e nosso instinto primitivo. 

Para isso, somos dotados de livre-arbítrio, quando encarnados.
 
A qualidade da Justiça Divina, equilibradora, é manifestada pelo orixá Xangô, que purifica nossos sentimentos com sua irradiação incandescente, abrasadora e consumidora das emotividades. 

Xangô é a força coesiva que dá sustentação a tudo. Ele está na Natureza como o próprio equilíbrio, tanto na estrutura de um átomo quanto no Universo e em tudo que nele existe.

Quem absorve a qualidade de pai Xangô, torna-se racional, ajuizado, ótimo equilibrador do seu meio e dos que vivem a sua volta. 

A escolha racional nos leva ao equilíbrio da alma, pelo conhecimento da lei que nos rege e nos diz o que é certo e o que é errado na vida. 

Essa Lei não é cega nem falível, pois se ensinarmos errado, seremos colhidos por ela, que exige muito de quem conhece os mistérios da razão. 

Mas, se trilharmos no equilíbrio da Lei, iremos adquirir uma Fé inabalável no que fazemos e no que falamos e nada será feito ou dito em vão; tudo terá sua razão de ser. 

É isso que faz com que aqueles que já adquiriram o seu equilíbrio e se tornaram conhecedores da Lei sacrifiquem-se em benefício dos semelhantes, sem nada esperar em troca. 

Tudo se resume em servir a sua família, ao seu círculo familiar, à sua comunidade, tanto civil quanto religiosa, a servir a Deus.

Quanto às pessoas instintivas, não desenvolveram os sensos de Justiça e a vida delas se resume a uma permanente busca de satisfação pessoal, mesmo que à custa dos semelhantes. 

Uma pessoa instintiva costuma procurar essa satisfação em todos os sentidos da vida e tudo tem de ser para ela e por ela, senão se sentirá preterida ou injustiçada e torna-se intolerante e mesquinha.

A emotividade não suporta nenhum tipo de contrariedade, levando-nos a ver qualquer ação refreadora como ofensa pessoal, por isso deve ser contida pelo sentido equilibrador da Justiça. 

Assim, não nos tornamos pessoas que se sentem injustiçadas pelos semelhantes, inferiorizadas, abandonadas, traídas e menosprezadas. 

Nossa emotividade e nosso instinto primitivo devem ser transmutados lentamente em senso, em razão e equilíbrio, senão nos tornamos egoístas, possessivos, vingativos, intransigentes e intolerantes com nossos semelhantes e conosco.

Quando se torna um equilibrador de seus semelhantes é porque descobriu o sentido da vida.


Que Pai Xangô nos equilibre a todos!
Salve nosso Pai Xangô!   Kaô cabelice ! Significa:  "Venham Ver o Rei !


XANGÔ
Xa= Senhor, dirigente
Angô= Raio, fogo, alma

Xangô= Senhor do Raio, Senhor das Almas ou Senhor Dirigente das Almas 

São Jerônimo um Santo Católico é utilizado para sincretizar Orixá Xângo Agodô = Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza. 

 
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano.

Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. 

No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. 

Xangô um Orixá com peso, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos. 

Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. 

Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão. 

Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo. 

Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade. Seu raio (Força) e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente.

Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá. 

O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. 

Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. 

Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô. 

Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza. 

No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral. 

Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança.

Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
A finalidade principal desta linha é fazer caridade, implantando a justiça e os sentimentos que lhe são entregues. 

Sua essência é ígnea, manifesta-se nas montanhas rochosas, pedreiras e energiza a estabilidade constante vibrando na musculatura e na razão. 

É cultuado nas montanhas e pedreiras e aceita como oferenda cerveja preta, melão, abacaxi, rabada de boi e é firmado com velas brancas e marrons.

Simbolizado pela cor marrom e figurativamente pelo desenho de um machado com dois cortes. Irradia justiça e racionalidade, flui resignação, obediência e submissão. 

Xangô exerce uma influêcia muito forte em seu filho. Todos os Orixás, evidentemente, são justos e transmitem este sentimento aos seus filhos.

Entretanto, em Xangô, a Justiça deixa de ser uma virtude, para passar uma obsessão, o que faz de seu filho um sofredor, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso, muito terra. Esta análise é muito importante.

O filho de Xangô apresenta um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Sua fisionomia, mesmo a jovem, apresenta uma velhice precoce, sem lhe tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Tem comportamento medido. É incapaz de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gosta de pisar. 

É tímido no contato mas assume facilmente o poder do mando. É eterno conselheiro e não gosta de ser contrariado, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. 

Acalma-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guarda rancor. A discrição faz de seus vestuários um modelo tradicional. 

Quando o filho de Xangô consegue equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, torna-se uma pessoa admirável. 

O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhe prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dele é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. 

Por falar em pedreira, adora colecionar pedras. 

HISTÓRIA DO SANTO CATÓLICO SÃO JERÔNIMO, sincretizado com Xangô no Brasil, nasceu de uma família abastada, provavelmente no ano 331, na cidade de Stridova, entre a Croácia e a Hungria.Estudou em Roma, especializando-se na arte da oratória. 

Como sua juventude fora dedicada à vida mundana, Jerônimo tardou seu batizado e, em carta ao papa, ele vislumbrou para si um batismo de fogo no qual suas máculas seriam queimadas. Após ter copiado dois livros de Santo Hilário, ele decidiu estudar teologia. Mas sua leitura favorita continuava a ser a literatura dos grandes legisladores e oradores, como Cícero.

Aos 43 anos, ele esteve muito doente e permaneceu muito tempo acamado, durante a Quaresma, jejuou e teve visões, vendo-se diante do trono do Senhor.
Resolve dedicar-se a uma vida monástica, isolando-se no deserto de Marônia, na Síria. Livros, penas e nanquim são seus companheiros. 

Para combater a pensamentos impuros, pegava uma pedra e batia em seu peito, punindo-se, logo após voltava a escrever em hebraico, onde se tornou mestre nessa língua. 

O sincretismo entre Xangô e São Jerônimo está no temperamento forte, crítico e na medida que ambos são conhecedores de leis e mandamentos. Xangô tem como lugar as pedreiras. 

Sua imagem é representada por um ancião sentado sobre as pedras, segurando a tábua dos 10 Mandamentos e com um leão ao lado. 

O Filho de Xangô não conhece o medo. Essa é uma característica herdada do pai Xangô, entidade mais forte. São dele a força, o poder e a capacidade de fazer e desfazer todas as coisas. 

Mas ele não age sem uma boa razão: Xangô tem um senso de justiça muito acentuado. 

Exige exclusividade, mas nunca consegue resistir a uma aventurazinha. 

Ousados e cheios de iniciativa, quando se apaixonam, fazem o impossível para conquistar o ser amado. 

São diretos, sem rodeios, vão logo ao que interessa.
Atrevidísssimos, não descansam enquanto não conseguem o que querem. 

Xangô é o próprio Fogo, energia inesgotável, devastadora. 

Ninguém fica imune ou indiferente à sua passagem.

Não há como ignorar a pompa e a altivez dessa Energia.



HOMENAGEM  A    XANGÔ AGANJU


No Brasil, Xangô Aganju é considerado uma "qualidade" de Xangô enquanto dono das Leis e das Escritas e padroeiro dos intelectuais, em contraste com Xangô Agodô (o Xangô mais velho, ou o Xangô propriamente dito), que é principalmente o Orixá da Justiça e do Equilíbrio. 
 
Xangô Aganju é sincretizado com
São José (festa em 19 de Março) ou São Miguel Arcanjo. 


Após as Homenagens a Xangô Aganju, em nossa gira festiva na data comemorativa, segue normalmente as atividades conforme caléndário de trabalho.


Aganju é o Orixá da terra inculta, Senhor do Vulcão, o Senhor das Cavernas, O Barqueiro Divino, doador de força e de saúde. Aganju é o transportador da carga ( Membros do corpo como os ombros e as costas pertencem a Aganju) é o defensor dos menos favorecidos, oprimidos e escravizados.  Nos tráz força de vida que ajuda superar os obstáculos e faz o impossível. 

Aganju fornece acesso ao reino do desconhecido Aganju é o governnte que proporciona acesso a todas as áreas inexploradas, inacessiveis, governante que proporciona acesso a climas hostis e potencialmente hostil à existência humana deserto, floresta, Ártico, Antártico, a altura das montanhas, grutas, cavernas, abismos,minas, etc. 
Aganju pode ser traduzido como: Agan = estéril, ju = deserto, ou mais precisamente como: local desconhecido, inexplorado, desabitado. 

Todos os lugares onde só os mais cordiais e / ou sobrevivem pessoas melhor preparadas. Aganju se encontra nas profundezas do oceano, nas profundezas do espaço, na energia que não foi explorada, na compreensão da mente e da emoção. 
 
Aganju é o guardião o canal através do qual profundidades inexplicáveis das emoções humanas são vividas e expressas, (boca e garganta são Aganju). Obscuro, intestino com distúrbio doloroso, absurdo e irracional, medos paralisantes são do ambito de Aganju, é através de Aganju que aprendemos a superar nossos medos. 

Quentes emoções perigosas, mortal, incontrolados e incontroláveis é Aganju; e por meio de Aganju que aprendemos a canalizar e redirecioná-las. 

Aganju tem uma estreita relação com Oxum.
Eles estão ligados de diversos modos: pela emoção Aganju é a profundidade da emoção em estado bruto, encarnação grosseiro rude. Enquanto Oxum é a profundidade da emoção em sua comovente, doce / amargo doce encarnação. 
Aganju explora, supera e vence o rio acima, Oxum promove o comércio e as relações sociais, pelos mesmos meios. 
Aganju supera barreiras e obstáculos para ver o que está do outro lado. Oxun planta a cultura e traz à luz da civilização.

Na mitologia Yorubá Aganju é o proprietário do rio. E o deu para Oxum. Houve um tempo em que Oxum não tinha lugar para viver. Nenhum outro Orixá lhe ajudaria. Aganju viu que Oxum necessitava de ajuda. Então ele deu o rio a ela como lar. 

Aganju é a abertura a novas possibilidades inexploradas, inesperado. 

Aganju é a abertura do todas as riquezas do mundo. As riquezas minerais de minas terrestres e a mineração de todos os tipos pertencem a Aganju (mas é através da tecnologia de Ogun que a humanidade pode acessá-la e buscá-la). 

Aganju é o desafio, a luta de impedir, e desejo que leva para superá-los. Aganju é primordial e não - o homem do fogo de todos os tipos, o Sol e outras estrelas e cometas. 

Um dos nomes do louvor a Aganju é Irawo, que pode ser traduzido como uma estrela. 

O fogo nas entranhas da terra, geotérmica, gêiseres, fontes termais, etc. Vulcões (Oke onime, Montanhas de Fogo) é um símbolo importante de Aganju.
 
Vulcões, conforme definido pelo World Book Encyclopedia são aberturas "terra superfície através da qual os gases de lava quente e fragmentos de rocha explodem.
Os mitos o descrevem como “O Gigante entre os Orixás".
Aganjú representando os raios solares. 
Aganju é a força que, como o Sol, que é um de seus símbolos, é essencial para o crescimento, assim como um cultivador das civilizações.

Como o vulcão com que é associado, ele forma a base sobre a qual as sociedades são construídas. 

Nos mitos, Aganju é às vezes tratado como uma divindade primordial, associado à terra (em oposição à água) é  as montanhas e vulcões. 

Mitologia em algumas Nações do Candomblé diz: "Do consórcio de Obatalá, o céu, com sua esposa, a terra, nasceram dois filhos: Aganju, a terra firme, e Iemanjá, as águas. Da união com Aganju, Iemanjá deu à luz a Orungã, o ar, o espaço entre a terra e o céu."

XANGÔ AGANJU ELE É O SENHOR DOS VULCÕES E MONTANHAS E É UM ORIXÁ PRESENTE NA CRIAÇÃO DA TERRA







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